por Jocimara De Pieri (Instagram @recriar_pedagogico)
A leitura faz parte de uma engrenagem da evolução humana. O nível de leitura de uma nação determina seu grau de influência no mundo. Além disso, a sua capacidade individual de leitura define seu sucesso profissional ou sua felicidade (seja ela social, cultural ou afetiva). Onde entra a escola nisso?
Então, vamos do início. As exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas às diferentes dimensões da vida das pessoas: ao trabalho, à participação social e política, à vida familiar e comunitária, às oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural.
Século XX e a desarmonia
O mundo passa atualmente por uma revolução digital que está alterando profundamente as formas de trabalho e de interação, onde, numa economia cada vez mais globalizada, a competitividade desponta como necessária à subsistência humana.
No afã de superar-se, o homem moderno terminou o século XX em desarmonia consigo mesmo, sem reflexão crítica sobre as suas reais necessidades. Essas preocupações deveriam permear o próximo milênio. Neste sentido, um dos instrumentos imprescindíveis para uma formação geral (e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes) seria a leitura.
Na Era Digital
Nesta sociedade, em constante mutação, a prática de leituras variadas promovem, de maneira direta ou indireta, uma reflexão sobre o contexto social em que estão inseridas. Permite-se conhecer o outro, observar e analisar pontos de vista diferentes. A leitura nos dá a possibilidade de convivermos com o diferente.
Minha opinião A e a sua opinião B podem formar uma opinião C muito melhor do que as duas primeiras. Isso é aceitar a dialética. Agora, enfim, explico o papel da escola.
A escola, dentro desse movimento dialético da leitura, deve inserir o leitor na história deste milênio. Além disso, deve fazê-lo como agente produtor de seu próprio futuro. O exercício da leitura, tal qual se encontra atualmente legitimado nas escolas, não vai além de mera decodificação de signos gráficos. Ou apenas cobrança por uma interpretação rasa dos fatos.
(Leia mais sobre o assunto no post: O Papel da Leitura na Escola: livros didáticos)
Jocimara De Pieri tem 10 anos de experiência na rede pública como professora em educação infantil e ensino fundamental I. Atua como psicopedagoga desde 2017 e é CEO da Recriar Acompanhamento Escolar & Orientação Pedagógica.