Você sabe o que é TDAH? Sabe que para crianças com TDAH é possível aprender Matemática? Veja como logo abaixo.
Por: Isabela Erlacher
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um dos principais transtornos de desenvolvimento infantil. Por isso mesmo ele costuma preocupar os pais pelo fato de ter grande influência no processo de aprendizagem da criança e adolescente.
Ou seja, a preocupação é normal. E a Matemática é uma das disciplinas que, digamos assim, mais soam nebulosas para essa criança/estudante.
É possível aprender Matemática, mesmo se a criança tiver TDAH
Desatenção e desorganização são coisas extremamente presentes na vida de uma criança ou adolescente com TDAH. E a Matemática surge como problema imediato para elas. É claro que se a criança já tem uma característica natural para gostar da disciplina, isso não será tão problema assim.
Mas a Matemática, no geral, exige grande concentração e foco durante, por exemplo, a resolução de exercícios. Não pense que para por aí. A hora de ensinar a aluna, o aluno, pode ser um grande problema para escolas com ensino tradicional. Tudo por que a criança/adolescente – segundo essas escolas – não “vai parar quieta”.
Como vai aprender Matemática, ou qualquer outra disciplina, assim? É o que muitos pensam.
Ora, é possível, sim, aprender, mesmo que a criança/adolescente tenha TDAH.
Mas o que pode ser feito para que a criança com TDAH tenha um bom desempenho em Matemática?
Antes de mais nada, tem algo que atrapalha qualquer aluna e aluno, estudante, criança, adolescente, independentemente de ter ou não algum transtorno. É esse método tradicional de ensino extremamente conteudista. Grande parte das escolas, as boas e as ruins, fazem isso: restringem o trabalho criativo do professor.
Falo do professor que é ou tenta ser criativo, porque é claro que existem aqueles profissionais de educação que apenas se conformam com o conteudismo.
Nesse sentido, o que falta?
Ora, é preciso ensinar utilizando e explorando os recursos que vão além da fala e escrita! Porque, ao não fazer isso, as crianças em geral são prejudicadas. E, obviamente, aquelas com TDAH são ainda mais, porque o fator da concentração baixa fica ainda pior neste tipo de ensino tradicional.
Soluções: a utilização de jogos, situações problemas, materiais criativos e outras atividades diferenciadas são estratégias que promovem interesse das crianças com TDAH.
Mas não só isso. Tem mais.
Essas estratégias, ou soluções, estimulam também o desenvolvimento do estudante para criar, pensar, explorar e assimilar tudo de uma maneira menos exaustiva, mais próxima de sua própria realidade. E quem vai ajudar nisso? A resposta vem depois da próxima pergunta.
O que os pais podem fazer para ajudar com o desenvolvimento escolar?
É importante que os pais se unam com a equipe pedagógica para que ambos trabalhem juntos no desenvolvimento do aprendizado da criança ou adolescente. Em outras palavras: não dá para os pais e mães largarem suas crianças na escola, nem ficando na expectativa para que tudo funcione bem sem eles.
É preciso participar efetivamente. A educação escolar continua em casa, se aprimora lá. E não falo de checar lição de casa. Mas de fazer atividades juntos, de ajudar sua filha e filho para que sejam realmente protagonistas do aprendizado deles.
Dicas para mães e pais (vale não somente para Matemática)
Estabelecer uma rotina regrada, demonstrar entusiasmo nos momentos de estudo, são alguns exemplos. Mas também tem outros, como apresentar as atividades escolares como uma oportunidade de se desenvolver e conquistar objetivos.
Ou até mesmo de mostrar a presença da Matemática no dia a dia dessa criança.
Por isso é importante valorizar e elogiar constantemente cada progresso e estimular a independência para a realização de tarefas. Todas essas coisas são passos importantes que a família deve seguir e que farão muita diferença.
Para terminar
A propósito: é importante que toda a equipe pedagógica, a família e outros profissionais que acompanham a criança/adolescente tenham muita paciência.
Além da paciência é preciso ter muito cuidado para que o processo de aprendizagem seja bem-sucedido e prazeroso. Assim se evitam bloqueios e traumas que futuramente podem ser empecilhos na vida de estudantes. É isso, espero que essas informações sejam úteis.
Vejam outro post meu sobre matemática aqui no blog da Recriar. Vocês podem ler clicando no título: O Ensino da Matemática no Cotidiano: Por Que é Tão Importante Aplicá-la?
A autora:
ISABELA ERLACHER STERN – Estudante de Licenciatura em Matemática no Centro Universitário Fundação Santo André, trabalha com aulas particulares de reforço escolar e é estagiária no Colégio Pentágono em Santo André. Possui cursos de especialização de ensino como: A BNCC nos Anos Finais do Ensino Fundamental: Matemática – oferecido pelo MEC e Curso de Gamificação para a Educação, oferecido pela Secretaria Geral de Educação a Distância da Universidade Federal de São Carlos.
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